A eliminação do Brasil na Copa do Mundo da África aconteceu... por vários motivos, mas acho que o principal foi a falta de preparo da comissão técnica.
Dunga pensou que apenas copiar o que dera certo em 1994 seria suficiente. E não foi.
O principal erro foi não ter plano B, depender só de Kaká e Robinho para a criatividade da seleção foi muito pouco. Deveriam ter sido chamados Neymar e Ganso, para a mudança do padrão tático e técnico da equipe. Ambos, do alto do seu descompromisso certamente assumiriam o desafio de jogar e não ficar olhando os holandeses... Como bem diz Bernardinho, o medo de ganhar leva à derrota. No nosso caso, ficou evidente o comodismo do um a zero inicial!
E por que Dunga não correu o risco de levar a dupla de moleques? Para não criar melindres no grupo! Com certeza, esse foi seu maior erro. Um líder não deve temer trabalhar com todos os talentos disponíveis, se mostrará mais competente na medida em que souber administrar os óbvios conflitos daí surgidos, mas sempre terá a oportunidade de traduzir as pequenas crises em jogadas criativas.
Depender de um jogador voltando de contusão, Kaká , e de Robinho, que no santos passou a coadjuvante de luxo, foi assumir o maior risco. Vários jornalistas avisaram, principalmente o Calasãns, juntos com pelo menos metade da população, mas a instabilidade emocional do treinador não o deixou enxergar o óbvio e o seu auxiliar, Jorginho, amigo, confundiu amizade com subserviência.
Por isso, defendo a contratação do técnico do Santos, Dorival Júnior, que já demonstrou não querer aparecer mais do que os jogadores. Os técnicos, Luxemburgo à frente, como bem dizem alguns jornalistas, aprenderam a não querer jogadores-líderes que dividissem holofotes com eles e dessa valorização, contraproducente para os times que dirigem (?), passaram a receber salários supervalorizados. Exceção, hoje no Brasil, são: Muricy, Silas e Dorival Jr.
Agora que já dei o meu pitaco, volto para a música e poesia. Abraços, Marco.
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