quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Óscar Hahn, NUMA ESTAÇÃO DE METRÔ

Desventurados os que divisaram
uma jovem no Metrô.

e se enamoraram de golpe
e a seguiram enlouquecidos

e a perderam para sempre entre a multidão

Porque eles serão condenados
a vagar sem rumo pelas estações

e a chorar com as canções de amor
que os músicos ambulantes tocam nos túneis

E quem sabe o amor não é mais do que isso:

uma mulher ou um homem que desce de um carro
em qualquer estação de metrô

e resplandece para sempre
e se perde dentro da noite sem nome.

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