sábado, 17 de março de 2012

Gastão Cruz, poeta português

COM TUDO O QUE ESTREMECE DESTRUIDO

Com tudo o que estremece destruído
e se desprende ou ameaça o ar
quando tudo é visível
e as folhas na terra já cavaram

os inúteis abrigos
que do sol penetrados
do ar frio
nas valas desenvolvem os seus vastos

abismos preenchidos
com as folhas em fundos
abrigos reunidas ou que ainda

nas árvores o rude
inverno esperam fixas
nos medimos

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