domingo, 21 de setembro de 2014

Bruno Giorgi, na visão de Geraldo Ferraz

Ao lado da essencialidade da sua escultura, uma tirada de prumo do instante exato em que a forma ganha a consistência giorgiana, por equilíbrio e peso e posição no espaço, tornando-se uma fração exígua do "tempo" em que se faz o flagrante fugitivo ou esquivo da realidade tornada bela, um rêve de pierre, Bruno Giorgi se limita na sua pesquisa muito à linha ideal do corpo humano, estruturando-o, é verdade, com uma concepção quase esquemática na composição de suas figuras, notadamente dos corpos de mulher, em que ele tanto insiste (...) Reconheço ser sem dúvida uma produção quase excepcional na escultura de Bruno Giorgi, em todas as suas fases. Não é porém das de menor valor na formação do artista, e talvez lhe tenha servido para fazer a revisão noutros trabalhos e consolidar o estilo que ele vai construindo.

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