terça-feira, 1 de abril de 2014

Shakespeare, sobre o sono

HAMLET: Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer -- dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne -- é a conclusão que devemos buscar. Morrer -- dormir; dormir, talvez sonhar -- eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.

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