quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Alberto Childe, soneto dos Livros dos Mortos do sarcófago de Hori, sacerdote de Amon-Ra

Disse o osíris Hori, coberto de bandages,
O sacerdote a Amon, justo e poderoso:
Eu não carreguei de correntes o inocente,
E nem retirei dos mortos seus amuletos;
Dos deuses não tirei biscoitos e oferendas;
Do Templo não tirei nem o pão nem o incenso;
Dos celeiros sagrados, escriba obediente,
recolhi com cuidado colheitas e safras.
Vossos quarenta e dois nomes conheço, ó deuses!
Glória a vós, grandes deuses!
Eu vim, piedoso,
Doar meu coração sedento de justiça;
Que por mim ele dê todo o seu testemunho;
Que Anúbis me oriente na estrada propícia,
Até a boa Amenti!
Sou puro! Sou puro!

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