quarta-feira, 13 de junho de 2012

Eliseo Diego, OS BANHOS

Mas os ressequidos rios não se esquecem do mar nas savanas

e se o silêncio, tão irremediável como a vasta roda imóvel, do céu,

anunciava que sempre ficam para trás as mesmas pameiras

e que tanto dava o norte como o sul, a noite como o este,

as jovens banhistas na entrada acolhedora do povoado

desfraldando as profundas cores que escorrem de seus vestidos,

como na França, eram um sinal tão claro e alegre

como os juncos navegantes para o náufrago.

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