sexta-feira, 21 de março de 2014

Schopenhauer, sobre a vida

Somente o homem que alcança a velhice adquire uma imagem mental completa e consistente da vida. Pois ele a vê por inteiro e no seu curso natural; especificamente, ele a vê não apenas do ponto de vista da entrada, como os demais, mas também da saída. Desse modo, ele percebe especialmente e de forma plena sua consumada vaidade, ao que tudo pode ainda se endireitar no final. (...) A característica fundamental da velhice é a desilusão. As ilusões que conferiram à vida seu charme e nos instigavam a agir se dissiparam. (...) Apenas quando se tem setenta anos de idade é que se pode compreender plenamente o primeiro verso do Eclesiastes ("Vaidade das vaidades, tudo é vaidade").

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