segunda-feira, 1 de abril de 2013

Paul Auster, poema 4 do livro DESTERRAR

4.

Váticos lábios, desmamados
de imagem. O mudo
aqui, que aguarda, qual urna,
encantado. A praga transborda
profecia: a rosa glacial
lega abrolhos ao alento
que lida rumo a olho
e oblívio.
Há que só nos prepararmos.
Desde o primeiro passo, nossa voz
está em conluio
com as pedras do campo.


Tradução: Caetano Galindo.


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