quarta-feira, 3 de abril de 2013

Paul Auster, MERIDIANO

Meridiano

O verão todo,
à gradual luz-lima
de nossas negras mãos duníferas: tuas pedras,
desmoronando redivivas
a tua volta.

Por trás de minha vítrea tampa corácea,
uma estrela precoce,
evacuada de inferno de espinhos,
ergue-te, inocente,
para a manhã, e povoa de nomes
tua sombra.

Rimada em noite. Atada a fundo.
Perto.


Tradução: Caetano Galindo.

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