segunda-feira, 8 de abril de 2013

Paul Auster, NO FIM DO VERÃO

No fim do verão

Borrasca boreal, e o todo da noite, solto
contra a hora diluviana do olho. Nosso des-
ossado desígnio, opondo-se ao curso
das pedras em nosso sangue: vertigem
das altitudes de hélio
da linguagem.

Amanhã: uma estrada na montanha
cercada de tojo. O sol
nas frestas da pedra. O menos,
Como se pudéssemos erguer um só alento
ante o término do alento.

Não existe a terra prometida.


Tradução: Caetano Galindo.

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