quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

365 dias com poesia, 18 de fevereiro de 2016 -- MUNDO CÃO

MUNDO CÃO

Não me perguntem já não sei mais por que escrevo no início era zelo pelo que pensava necessitava deixar tudo registrado mesmo cansado nunca parei como parar de se investigar? Hoje já é um hábito a rotina todo dia me ensina a continuar não posso não devo parar parar para quê? Se continuo conversando comigo por essas linhas me arrepio me rio me desconfio e fio as tramas da minha história não há cansaço não há mormaço que me faça deixar de escrevinhar e escrevo quase em apneia essa a ideia de não respirar não gosto de dicionários não gosto de rabiscado punk poemas na medida certa da minha inquietação que é grande como dizem os músicos que não sabem o tamanho da encrenca não entendem que minha sina é muito maior do que uma simples canção cantá-la é possível mas impreciso não preciso de orelhas nesse mundo cão


Do livro Rascunhos Poéticos, 2012.

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