domingo, 18 de agosto de 2013

Armando Freitas Filho, poema: MEMO

Puxar pela memória não tem fim:
escada elástica e intermitente
que se sobe e desce aos saltos.
O vivido passa a ser muito mais vivo
do que aquilo que se tem que viver ainda.
Mais vívido, sem a desistência do dia
e da circunstância -- o que resistiu
ao esquecimento está no apogeu da existência
e mesmo se for a morte, não para de morrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário