quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Eugénio de Andrade, ROSA DO MUNDO



Rosa. Rosa do mundo.

Queimada.

Suja de tanta palavra.



Primeiro orvalho sobre o rosto.

que foi pétala

a pétala lenço de soluços.



Obscena rosa. Repartida

Amada.

Boca ferida, sopro de ninguém.



Quase nada.





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