domingo, 9 de setembro de 2012

Michel Deguy, CARDIOGRAMA (MAIO)

O Sena era verde em seu braço
Para além da ponte Mirabeau sob
as colinas como uma respiração
A periferia nos aspirava
Queria tanto seria tão
bom que você pensasse em coisas boas
mas a coragem agora de
um coração como um prisioneiro furioso como um
( coração
extirpará do lírico o remorso de si!
A expansão do dia nos privou de dias
A vazante da noite dá às noites seus contornos
Oh meu amor paradoxal! Nos privávamos de poesia
Mas a coragem será a de privar o poema
do gosto de nada sobre o gosto de tudo

Nenhum comentário:

Postar um comentário