sábado, 3 de dezembro de 2011

ausências

Não sei como explicar, mas vou tentar. Algumas palavras não podem deixar de ser ditas e quando descobri que devia dizê-las, não parei mais. Quem não sabe o que é navegar, tendo ouvido falar ou apenas tendo lido em algum poema de Camões ou de Pessoa, não sabe que isso é um verdadeiro vício. Desde o início, com o poema Frederico, soube que nunca mais seria o mesmo, como não fui. Escrevendo me descobri e repensei tantas coisas...tantas notícias foram recebidas e produzidas e no meu entorno várias pessoas sofreram a consequência do não entendimento. Até porque ninguém sente da mesma maneira. O que para mim era a coisa mais séria para os outros poderia ser uma grande besteira. Assim a vida seguiu até o momento da minha primeira experiência como escritor. No lançamento dos meus três primeiros livros o que era uma desconfiança passou a ser verdade -- queria ser escritor, poeta! --, e faria qualquer esforço para conseguir meu intento. E fiz! Abri mão do convívio com as pessoas, todas, e me esqueci em mim. Esse torpor poético durou aproximadamente um ano e meio. tempo no qual produzi uns dez manuscritos, na verdade, teclusdigitus, como inventei! Agora que já consigo respirar, identificando ausências, sinto tudo de um modo estranho...meio diferente de como ocorreu...porque agora efetivamente eu sou eu!

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