sábado, 3 de outubro de 2015

Otake -- Plácido, poema: madrugadas

madrugadas

Quando ouço cada pensamento
Como uma gota na torneira enguiçada da pia da cozinha
Algo está errado
Algo está silenciosamente extremado
Não posso estar me sentindo tão triste
Com sorriso de esfinge
Como se o Egito fosse aqui dentro de mim
Preciso urgentemente dum rio Nilo
Dum pedaço de ilusão
Dum sorriso duma sensação de nordeste
Um sol, estrela que brilhe e me ensine
De novo quem sou para mim
Aquele menino que com raiva pariu um jardim
De rimas melodias e tintas

Aquele menino não se pode deixar encharcar pelo frio inculto das madrugadas

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