sábado, 3 de outubro de 2015

Aldemir Martins -- Plácido, poema: duas mãos

duas mãos

A tristeza não cansa
O que cansa é a falta de esperança
(Essa nossa segunda pele...)
Se não acreditarmos tudo estará acabado
Precisamos acreditar em algo que nos dê paz
Que iniba nossa feia mania de avançar no que é do outro ser
Que está ali a rezar pedindo paciência, amor, dinheiro?
Precisamos de quase tudo que não é nosso?
Ócio criativo ódio do sorriso alheio?

(Precisamos urgentemente de sonhos, nossos, que preencham nossa Necessidade de ilusão

Precisamos insanamente de pelo menos mais duas mãos!)

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