estações II
Esse
agosto que trago em mim
Gosto
de desgosto na saliva
Cheiro
de solidão
Sempre
tem algo de primavera
Uma
chuva com arco-íris, talvez
Pingos
me lembrando lágrimas
Que
rimo em palavras fáceis de serem ditas, às vezes
Sempre
difíceis de serem escritas
Porque
se fixam para sempre nos olhares invernais
Invejo
a preguiça dos sem emoção
(aqueles
que de tanto negarem-se já não sabem quem são)
Que
vivem apenas esperando a chegada do sol que lhes dê sombras
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