quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim do Mundo

de uma batida de carro meu filho Vinícius renasceu dos dezenove anos passou a um e o bebê terá seu primeiro novo aniversário comemorado no dia trinta de novembro de 2013 quantos de nós temos ou teremos uma chance de renascer?
nos treinamos a esperar e crer parar e temer olhar e não ver não ver é mais fácil? será que realmente não vemos? ou fingimos não ver? ao vermos temos que escolher parar andar ou opinar sendo mais fácil dar notícia aos outros daquilo que não sabemos escolhemos falar e lógico temos opinião sobre tudo sobretudo daquilo que não conhecemos ao tentar querer explicar o que muitas vezes não tem explicação escolhemos olhar o outro quando poderíamos tentar uma solução própria que nos levaria ao reconhecimento (cimento) necessário de quem somos e como nos adequamos ou não à nossa realidade normalmente escolhemos a ilusão essa uma verdade bebemos fumamos surfamos ouvimos música lemos viajamos cantamos tentando aplacar a solidão que sentimos dentro de nós por termos nos deixado esquecer daquela voz interna que pedia uma Ave Maria ou um presente ao Papai Noel, que existia, voz que nos definia e nos fazia sorrir quando ainda não temíamos os outros e ainda acreditávamos que uma simples oração traria alguma explicação essa reflexão é por conta do tão anunciado fim do mundo que poderia ter ocorrido no acidente do Vinícius e que ocorreu a todos os que morreram a pergunta que não quere calar é: e se o mundo não acabar como seguiremos as nossas vidas? 


(Agora, já sabendo que o mundo não acabou, o quê nos restou?)

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