quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

morte

talvez seja errado mas ainda me espanta
um engenheiro que não sabe sonhar
um matemático que acha que Einstein não foi um poeta
um físico nunca inventaria uma teoria
ainda me espanta o espanto com um poeta que sabe somar
ainda me espanta o riso nervoso do padeiro que não sabe sonhar
ainda me espanto com o sorriso catatônico do juiz que acha graça de não saber contar como uma lei pode ser imoral como um cara normal pode ser atonal como uma melodia pode ser uma mentira se não há uma rima
ainda me incomoda ter de explicar que o único erro da vida é a morte da ilusão

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