quarta-feira, 2 de novembro de 2016

estrelas azuis



Por acaso
O acaso me achou
Meu irmão morreu
E dez anos depois
Me descobri poeta
Do primeiro poema a esse
Foram longos anos absurdos
Que passaram com a rapidez da intensidade vivida
E vivo dizendo que apesar de tudo tive sorte
Pois do torpor poético me sobraram versos
Que provam minha lucidez
Altivez sóbria de um menino de mais de cinqüenta anos
Bem amados e respirados
Saudade sinto de todos os que se foram
E se foram era porque era chegada a hora de brilhar sendo

Estrelas da cor azul que escolhi acreditar 

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