terça-feira, 15 de março de 2016

Aquele prédio

Aquele prédio

À memória de Bertha Plácido

Aquele prédio encoberto por um céu azul
Com parte na sombra
Rima com as árvores que estão sofrendo com o vento
Parece que me convida a olhá-lo
Como se por falta de uma ideia original tivesse desesperado
Como estão as folhas daquelas árvores
Ainda não estou desesperado
Mas começo a ficar
Quando lembro que alguém que não vejo há muito
Alguém que não posso mais tocar
Adorava todos os verdes diferentes que a vida lhe impunha
Espero a lágrima desejo a lágrima enxugo a lágrima

E volto a pensar: que a saudade é amor e dor... 

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