sábado, 28 de dezembro de 2013

LINDOLF BELL, Passam os cavalos do tempo

Passam os cavalos do tempo
a cavalo passam
E tu és a viagem
que algum dia
alguém deixou de fazer,
não por perder o navio
mas por perder-se.

Tudo passa
mas tudo fica.
E se outra vez as estações florescem
entre partir e chegar,
a ntes era o mar de teu derramamento
tramado nas ramas de annamar.

Estrela vsiceral,
alarga as velas do pouso,
alarga as avenidas,
alarga as alas-alamedas,
o coração é largo quando é largo o pranto,
quel lavra a terra lavra a dor.

Passam os cavalos do tempo
a cavalo passam.
A idade absurda
onde não se colhe
o que se planta
é o tempo que ilumina
                   e elimina.

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