sexta-feira, 8 de novembro de 2013

365 dias com poesia, 08 de novembro de 2013 -- gaivota



gaivota

Não me lembro
Porquanto não me esqueci
Há dias carrego um cheiro de tangerina das antigas
Uma possibilidade de sentir o mar na sua plenitude
Como se eu fosse a gaivota
Melhor
O seu voo
Como se eu conseguisse me afastar de mim e apenas sentir o vento no rosto
Sem esforço seria o tempo de criança
Das mangas das jabuticabas das franjas
Seria aquele menino que acreditava no sorriso e na praia ajudava a puxar
A rede dos peixes desconsiderando sua falta de ar
Minha falta de ar ainda não existia ainda não precisava falar para me salvar dos perigos dos mergulhos fundos que a vida nos dá e enquanto voava
Me via vendo imagem louca mas sentida como a vida que levamos até quando

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