segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MURILO MENDES (18)

"PÓS-POEMA



O anteontem --- não do tempo mas de mim ---
Sorri sem jeito
E fica nos arredores do que vai acontecer
Como menino que pela primeira vez põe calça comprida.


Não se trata de ilusão, queixa ou lamento,
Trata-se de substituir o lado pelo centro.
O que é da pedra também pode ser do ar.
O que é da caveira pertence ao corpo:
Não se trata de ser ou não ser,
Trata-se de ser e não ser.".

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