sábado, 13 de agosto de 2016

366 dias com poesia, 13 de agosto de 2016 -- RIO DOCE



RIO DOCE

Água doce que acaba em sal
Rio que procura o mar
Procuro tuas rotinas

Vens serpenteando municípios
Espremendo desde o princípio segredos
Acabando com rotinas ribeirinhas
Pela curiosidade que trazes aos que admiram o reflexo da lua

Tuas margens nuas
Não mais existem
E por isso estou tão triste
Triste por não poder inventar
Em palavras teu meu caminho para o mar
Às vezes nem as palavras conseguem ultrapassar o limite entre
O sonho e a realidade
Às vezes fica muito pesado carregar-se em arte
(às vezes só as lágrimas para lembrar-te)

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