sábado, 14 de maio de 2011

Sobre você

Poderia começar dizendo (um começo bem careta) que quando tinha dez anos de idade me lembro... nada disso (cruzes e credos) não comecei a escrever mais tarde para copiar impropriedades...Do meu jeito fica assim:

Te descobri, mãe, aos quarenta anos, até então acreditava ser parecido com meu pai, e, apesar de fisicamente isso ser verdade, acaba aí a semelhança. Sua risada demonstrava sua alegria de viver, essa nossa principal sintonia. Depois disso, queria ter tido mais tempo, mas nunca sabemos quanto tempo teremos e por isso não nos atemos ao principal -- conviver com as pessoas que amamos! Essa tranquilidade que sinto, apesar da tristeza, vem do fato de termos nos curtido -- brigamos, cantamos, rimos... pouco tempo mas profícuo, aproveitei, fique certa, tudo que você riu para mim. O proveito agora está me ajudando a chorar em letras, em poemas posso reafirmar o que todos que conviviam com você já sabiam, exemplo de dignidade e alegria, transbordava bondade e amor. Poucos no mundo sabem como você o significado da palavra compaixão. Agora sei porque corria tanto, como o coelho de Alice não tinha tempo, me via afobado, abobado, abismado com o tamanho da encrenca que me enfiei quando comecei a escrever. Não sabia mas estava treinando para contar ao mundo sobre você!

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