sábado, 21 de maio de 2011

RUY DUARTE DE CARVALHO, poeta angolano

"ABERTURA --

Silêncio mas por que e não apenas vento
até que a pedra se arredonde enfim
e a água se expanda
raiada no verde?

Um sono que se estenda obliquamente
entre a murada construção da idade
e as veredas ordenadas pelo passado.

Uma memória a ter-se
mas não aquela que o futuro impeça.

O sal, por toda a parte.
Então pequenos lagos se acrescentam
a partir de alguma fenda original. E são taças de mar
que dão contorno ao continente agreste.".

Nenhum comentário:

Postar um comentário