O
halo de luz está em volta de um candeeiro de névoa, numa noite
prematura, onde o sol é um cristal de sal branco de encontro a um
horizonte azul, com o mar ao fundo, no norte das descobertas, e no sul
de mim mesmo. Uma tempestade de partículas de água invisível rodopia o
farol do candeeiro, dança uma figura ígnea -- e as gotículas vindas da
barra queimam, mordem a carne do rosto -- ou sudário, impresso na fina
película do meu desejo, dessa Cidade das Mil Ondas. A Praia da Luz
Negra, uma república de justiça, o lugar onde executas ondas com o
próprio corpo. Queria estar lá.
Palco
após palco, de empregos e missões, quem representa todas as tragédias,
todos estes "meus" papéis -- em quantas diferentes dimensões fui
diferente, alienígena? estrangeiro a tudo, procurando uma república da
qual somos todos legítimos cidadãos?".
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