Causais.
Cada
relação nada tem de casual, é a primeira peça dum dominó de
consequências, invisíveis, talvez, para quem é cego. Mas, de casual,
nada têm -- pelo contrário, são extremamente causais, disse-me aquela
miúda deficiente da Ilha do Fogo.
Porque me dei ao trabalho de
a ouvir e a deixei meter-me ideias bizarras na mente? Porque decidi ver
como vive "o povo" e segui-lo pelas ruas duma cidade que não é minha, e
não me interessa? Apenas faço o meu trabalho, e frequentemente nem
isso..."
"...As coisas, quando são ditas pela
metade, e o resto -- uma imagem, um fresco inteiro é implantado
directamente na nossa mente, como por telepatia -- é difícil ficar
indiferente. Ela conseguiu tirar-me, por longos instantes, da
indiferença. Porque ela mostrou-mo.
Existe um limbo, um espaço
intermédio, onde vão parar todos os epíritos perdidos, em potência, mas
que foram recusados à vida -- que não foram queridos pelos pais.
Crianças que foram concebidas numa raiz de furor ou indiferença, e
depois foram colhidas antes de saírem para a luz....".
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