quarta-feira, 10 de abril de 2013

Paul Auster, REMINISCÊNCIA DE CASA

Reminiscência de casa

Vero Norte. Norte de Vincent.
Vislumbrada

desterra de luz. E em cada fresta
de terra, campos
anil que ardem
num férvido vento de estrelas.

O que resta trancado
no olho que te possuiu
serve ainda
de imagem de casa: a barricada
da cadeira vazia, e o pai, ausente,
que floresce ainda na urna
de sua honestidade.

Tu jamais cerrarás os olhos.
No olho do corvo que voa à tua frente,
vais te ver
deixar-te para trás.


Tradução: Caetano Galindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário