terça-feira, 2 de abril de 2013

Paul Auster, poema 5 do livro DESTERRAR

5.

Noite, como que um gosto
por dentro. E de nós, cada mentira
que a língua saberia
quando se recolhe e afunda
em seu veneno.
Dormiríamos, lado a lado
com tal fome, e neste fruto,
nossa luta, viraríamos o nome
do que nomeamos. Como se um crime, sonhado
por nós, pudesse maturar a frio -- e derrubar
as negras árvores, espeinhos,
que drenam a história dos astros.


Tradução: Caetano Galindo.

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