O VENTO
Tanto o vento soprava que me vi
mudado na vertigem sibilina
do vento que ventava, comprazido
em tornar tudo vário e turbulento.
No seu soprar ele arrastava as folhas,
areia, ramo seco, e até meus sonhos
que se desvaneciam no ar medonho,
em matéria volátil transformados.
Rodeado de tanto desamparo,
o que me espanta não é o turbilhão
das coisas arrastadas na tormenta
mas o que fica em nós, o que não passa
nem jamais se desfaz no vendaval,
e ousa resistir ao próprio vento.
Tanto o vento soprava que me vi
mudado na vertigem sibilina
do vento que ventava, comprazido
em tornar tudo vário e turbulento.
No seu soprar ele arrastava as folhas,
areia, ramo seco, e até meus sonhos
que se desvaneciam no ar medonho,
em matéria volátil transformados.
Rodeado de tanto desamparo,
o que me espanta não é o turbilhão
das coisas arrastadas na tormenta
mas o que fica em nós, o que não passa
nem jamais se desfaz no vendaval,
e ousa resistir ao próprio vento.
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