sexta-feira, 25 de julho de 2014

365 dias com poesia, 26 de julho de 2014 -- copo d’água



copo d’água

De cada resto de palavra
Possível lágrima desperdiçada
Procuro realçar um breve esgar
Um simples suspiro que seja
Como um gole de cerveja que desce refrescando a madrugada
Serena e fria de retinas cansadas do tempo de tudo do vento de nada
Que nos transformamos fedendo desconsideração
Agressão na falta de palavras que escondemos no silêncio de nosso medo
Do outro do ouro do trono do desafio do fio de prata do outro
Que é estanho que é um estranho reflexo num copo d’água

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