Dói a carne saída do
nada
e que ali retorna
mas cheia de candentes
escrituras
Me arranco a carne de minha
carne
Aos mortos cantei e
Pressentindo
que uma força terrível
lhes sobrava
como
aos
loucos
Eles porém se valeram
Da minha força
Dói a memória em que
duvido
O nada que me espera
já foi o mesmo?
Se morro volto ao fundo
onde posso seguir sendo
nenhum
como se nada houvesse
sucedido?
Minha memória está nevando
em outro mundo
Meus olhos se partem como
Fungos
A lágrima prolonga o
olhar
Tudo é já diferente e se
imaginara
acabar minha origem
jamais pudera
porque o dobro no abismo
das causas
Deixar de ser não é igual
A não ter sido.
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