sábado, 18 de agosto de 2012

Andrea Cote Botero, AS HOSTES

Saio para a grande viagem cada certo número de anos.
                     me vou levando um nome                                                         
                         e uma parte nele se humilha
                                         irremediável.

Me levou em hostes
e em escuros rebanhos;
isso faço para poder falar de ti
e faço para não ten falar.

Saio para a grande viagem.
Movo-me na tua jovem raiz.
Movo-me em teu amado andar.

Viajo para pôr um pouco da rota em mim,
               Um pouco da rota em ti.

Saio nesta cerimônia
                 só para crer em ti
                 só para que voltes a crer em algo.
Me movo porque existe uma coisa incomunicável
e vi quanto amas as coisas que regressam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário