eram cabeças sem corpos
e corpos sem coração
riam para espelhos imaginários
imaginando algo em torno do nada
e o nada os acudia tentando salvar aparências carnavalescas
o vento frio carregado da emoção de cinzas escapadas
se encarregava de carregar salivas de fantasmas
coisas amarradas aos postes da sofreguidão que estavam balançando
sem ter motivo de balançar
a música que se ouvia insistia em nos deixar apaziguados
apesar dos estragos iniciados por aqueles desalmados fartos de sua inadequação
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