Se um rei te ordenasse: volta!, continuarias andando, bem devagar,
que nem a astúcia de uma vela revelaria a tua respiração.
E se uma criança, tocando a tua mão, te pedisse: volta!, seguirias
andando, e encolherias um pouco os ombros.
E se a velha lua, escondendo o rosto, e se os astros com um grande
clamor te conjurassem: volta! continuarias andando, tão devagar
que não reconheceríamos tuas costas, e nos consolaríamos dizendo:
aqui está a aurora, que regressa.
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