Brinca o menino com umas poucas pedras inocentes
no canteiro gasto e esburacado
como um pano de velha.
Eu pergunto:
que irremediável catástrofe separa,
suas mãos de minha fronte de areia,
sua boca de meus olhos impassíveis.
Eu suplico
ao pequeno senhor que sabe comover
a tranquila tristeza das flores, o sagrado
costume das árvores adormecidas.
Sem querer
o menino distraidamente solitário empurra
a domada fúria das coisas, esquecendo
o obscuro esplendor que me cega e ele desdenha.
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