O mar é um ancião cheio de ofensas: a pertinácia da terra, a agude-
za inoportuna da chuva quando enche o peito com o grande alento
da solidão.
O mar não pode mover-se. É um enorme ancião que não pode
mover-se, e que se angustia e clama no meio da noite. Pelo ama-
nhecer sorri entre as suas barbas.
O mar é um ancião cheio de ofensas, que argui com poderosa voz,
sozinho, por toda a larga solidão da noite.
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