Põe a velha camisa que já sabe
desse ano rumoroso e do tranquilo
ano inocente de sucessos graves,
pano de cegos, azulados fios.
Põe o chapéu, o de ilusão caída,
que te alegrava em sua tosca neve,
o jaleco que sabe a boas-vindas,
e a gravata solene para as nove.
Porque é certo que chegam esta tarde,
porque é certo que venham te dizer
algo importante como um nobre alarde,
que te bastara para não morrer.
Mas olha bem a noite, já faz tarde,
e somente esperavas, deves ir-te.
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