bichos humanos
A
Santiago Andrade
Lendo
um mestre poeta
Pensei
A
dor de envelhecer não deve ser dita
Muito
menos escrita
Posto
que é chama
Inflama
a dor de saber-se cada vez mais só
Dó
de peito num leito de rio estio estilo
Rimas
frágeis como a vida
Que
se acaba num suspiro
Como
essa do jornalista
Numa
explosão de desamor
Signo
da juventude sem direção sem mãe pai sem
Irmãos
que pudessem paralisar o ato de ignorância
Simples
desamor mesmo sem rimas possíveis
Simples
vontade de parar de escrever para não sofrer
Envelhecendo
de saber ser impossível a melhora humana
Por
falta de reconhecimento da condição humana que trazemos
Escolhemos
ser bichos de pretensão mesquinhez e insensatez
Quando
poderíamos ser apenas um som
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