quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rafael Cadenas, poeta venezuelano -- UMA ILHA

Venho de um  reino estranho
venho de uma ilha iluminada,
venhos dos olhos de uma mulher.
Descendo pelo dia, pesadamente.
Música perdida me acompanha.
Uma pupila
carregadora de frutos
abandonados
se adentra
no que vê.
Minha fortaleza,
minha última linha,
minha fronteira com o vazio
hoje caiu.


(Tradução: Thiago de Mello).

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