quinta-feira, 5 de junho de 2014

Yu Xuanji, Carta a Zi’na



Tento aplacar com água o fogo, o amargo ao estômago,
dar curso à vida, e em sonhos vêm-me a casa, o rio
Dos dois amantes trinca o espelho, aponte oscila
O reino a cítara emudece, desarmônico

O outono chora em folhas, plátanos na chuva
Lanterna prata esvai-se ao vento da manhã
Ao mundo vasto, nossas cartas; não se alcançam
Em rio sem peixe tua vara a mão segura


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