em todas as casas e que a gente jamais se detém para ver.
A morte é esse pequeno animal que cruzou o pátio, e do qual nos
consola a ilusão, sentida como um sopro, de que é somente o gato
da casa, a gato de costume, o gato que cruzou e que já não voltare-
mos a ver.
A morte é esse amigo que aparece nas fotografias da família, discre-
tamente a um lado, e que ninguém jamais conseguiu reconhecer.
A morte, enfim, é essa mancha no muro que uma tarde olhamos, sem perceber,
com um pouco de terror
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