sábado, 4 de junho de 2011

JOÃO RICARDO MODERNO, filósofo (5)

"Lembra Carlos Nejar que "foi Picasso quem afirmou que "leva muito tempo a tornarmo-nos jovens". Pois a arte inverte os ciclos. Inicia com a velhice, ou as normas. Avança com a juventude e as rupturas. Atinge a infância. Isto é, a plenitude". E de infância a poesia entende, já que na infância do mundo o que havia era a poesia, criação da linguagem. Vico assim se manifesta sobre a infância cultural da humanidade: "Os primeiros autores entre os orientais, egípcios, gregos e latinos e na barbárie regressada, os primeiros escritores nas novas línguas da Europa foram poetas". Vico defendia a tese de que a língua primordial da humanidade era a poesia, os humanos estabeleceram a comunicação verbal necessariamente pela vertente poética, algo como "no princípio humano era a poesia". A poesia faz nascer e morrer, para fazer viver na eternidade, como nos versos filosóficos de Schiller: "O que está destinado a viver no canto do poeta/ está condenado a desaparecer na vida desta terra.".

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