Matisse, não desconhecendo o "fardo do passado", "não se cansava de citar as palavars de Cézanne:"Desconfiem dos mestres influentes" E acrescentava:"Quando se imita um mestre, a habilidade dele inibe o imitador e forma à sua volta uma barreira que o deixa paralisado. Eu não saberia reproduzi-lo" No fim da vida, Matisse se preocupou com o efeito da sua própria arte nos jovens pintores e descobriu, por si mesmo, uma lei que os historiadores da literatura e da arte chamaram de "lei do avô" -- o conceito de que, na busca de uma autoridade, artistas e escritores pulavam uma ou várias gerações, para conseguir se libertar das realizações intimidadoras de seus antecessores imediatos.
(...) Uma influência, então, é exercida de maneira negativa (ao menos para aqueles que não "sucumbem"). Para falar como Bloom, é isso que um grande artista deve combater, embora, como diz Matisse, ele não deva, de forma alguma, "evitá-la". Não evitá-la significa encontrar um meio para responder, e esse meio é precisamente constituído pelas diferentes armas que Bloom reúne sob o termo coletivo de creative misreading (má leitura ou mal-entendimento criativo)."
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