Luiz Horácio Rodrigues sobre Nejar:" O tempo não verga o artista. Concede-lhe pincel e paleta. Harmonizar as cores, no entanto, não é para qualquer um. Requer conhecimento das exigências e das necessidades. É dever do verdadeiro artista, senão a criação, pelo menos o esboço desse mundo novo.
Vigilante a andarilho, como ser assim? Sei que a solidão é um artifício utilizado pelos covardes da minha laia. Nos escondemos, congelamos nossa afetividade e se não amamos, também não corremos o risco da rejeição, da perda, da frustração. E assim permitimos o tempo andar sobre nós. Até um dia...O dia em que percebemos que podemos permanecer assim para sempre. Sem dor, sem medo, imóveis. Como pedras. A pedra escondida é a materialização do para sempre, pior, muito pior do que estátua. Minha fantasia exigia movimento e eu não sabia, talvez por isso me doesse tanto estar parado. Pouco importando se frente ao mar, campo ou deserto.".
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