cadeira de balanço
A
diferença de antes d’eu escrever era qu’eu sentia
Mas
não sabia descrever o sabor da dor a secura na boca o mar nos olhos
Não
sabia que sabia sofrer sofria mas não sabia colocar para fora nos dedos Depois
que passei a encarar no espelho o vácuo da solidão coloquei tudo para fora e me
livrei da parte estragada dos sonhos pisados que deixei pisarem
No
princípio descobri alguns culpados mas tudo não passou de uma facilidade na
medida em que logo percebi qu’eu é que tinha deixado e agora já na calma da
consciência cansada tiro uns poucos dias para descansar
de
mim
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